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terça-feira, 18 de março de 2014

Nem Freud saberia explicar

terça-feira, 18 de março de 2014
disse que tudo poderia explodir em fração de segundos. explodi. um eu escondido veio a tona e todos puderam ver minhas agonias, uma por uma, e cada insegurança. cada milímetro de um eu oculto que eu jamais gostaria de mostrar. ninguém recolheu os restos e deixou que o caos se espalhasse. minhas inseguranças estavam todas ali, escorrendo como sangue. e toda aquela nebulosidade se espalhou como fumaça. não havia lágrimas e nem motivos para elas. o restante de mim estava preso em um abismo. a solidão deixa as pessoas loucas.
eu tô enganada, eu sempre me engano, eu nem sei que droga eu sinto. tive quase certeza que estava livre e estou aqui escrevendo mais uma vez sobre ele, com a certeza e a vontade que ele nunca leia isso.
eu gosto de Alice in Chains e ele de Johnny Cash, ele é tão boêmio e não é de ninguém, ele é bicho solto. aquele moço do cabelo bonito sonha tão alto que pode até voar, seus olhos castanhos dizem mais coisas que um livro inteiro, sua voz de poeta me encanta mais que jazz. ele não tinha nenhuma fraqueza e ele era a minha.

domingo, 9 de março de 2014

Nada além do nada

domingo, 9 de março de 2014
A dor que carrego como farda é tão imensa que não consigo chorar. É algo tão grande que não sei o que fazer, muito menos dizer. Às vezes tenho certeza de que já não sinto mais nada, e que minhas emoções foram cortadas como flores do jardim. Me sinto constantemente imersa em um mundo sem som e sem cor, onde tudo passa como um flash, perdi a vontade de ser positiva porque me falta motivos. Cada vez estou mais certa de que a vida é uma puta barata. Acho que joguei fora meus motivos para sentir.

terça-feira, 4 de março de 2014

Do caos de uma noite

terça-feira, 4 de março de 2014
Minhas mãos estão frias, meus dias permanecem vazios demais e eu cheia de tanto nada. Pessoas demasiadas dramáticas, ruas demasiadas largas. Eu perdi o meu caderno de rabiscos... Mais uma vez. Compartilhei meu filme favorito com um desconhecido e ele levou de brinde o meu coração, eu disse que estava errado, mas quem se importa? As linhas permanecem tortas e eu esqueci de sentir saudade, fui dançar valsa naquele lugar esquisito na esquina de casa e esbarrei no moço que apelidei de o-moço-mais-bonito-da-cidade, não terminei meu copo de vinho porque me senti enjoada e desisti de sonhar. Pelo menos por hoje. Essa noite eu decidi ser jovem, tonight, we are young, mas de manhã resolvi ir ao cinema sozinha. Passou um carro por mim que tocava Joy Division e eu sorri, pensei que nada seria o bastante para àquela tarde. Feeling, feeling, feeling, feeling...
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