Nunca pensei que
seria tão difícil dizer adeus, dói tanto, mas ele não faz ideia, em cada passo
que dou até o indeterminado é uma lágrima que me escapa meu coração de tão
acelerado me dói, minha garganta trancada me impossibilitando de dizer algo,
sequer um adeus.
Adeus, adeus meu
amor, adeus para talvez um dia em futuro mais que distante, minhas mãos trêmulas
me impedem de tocar em suas mãos, partirei para a solidão de uma casa em um
beco escuro. O máximo que consigo dizer é “até” por ser uma palavra curta e não
dar chance para você perceber minha voz, mas dá muito bem para perceber minhas
intenções, estou tão desesperada a ponto de sair correndo de volta para o
aconchego dos seus braços.
Pergunto-me sem
parar: “Que diabos estou fazendo aqui que não estou na sua cama enrolada em
seus lençóis brancos? Porque que diabos deixei você escapar por entre meus
dedos? Porque não tenho coragem o suficiente de dizer o que eu sinto e voltar
para nunca mais partir? Maldição! Por que?”
Tento me
controlar, mas é inevitável, as lágrimas escapam sem parar, nem dão chance de enxugalas,
não quero parecer fraca diante de ti, não queria fracassar mais uma vez, só por
hoje.