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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Hoje choveu

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Hoje choveu. Foi rápido, mas não foi calmo, foi quase tempestade passageira.
Há tempos chove constantemente. Ninguém vê, ninguém sente.
Só eu.
Eu morri centenas de vezes tentando me procurar nos abismos,
mas só encontrei cinzas
Não sou uma fênix, não vou renascer dessas cinzas que despejo
em todos os cantos
Carrego o vazio e as olheiras cultivadas de noites mal dormidas
e amores mal terminados
Me sinto presa dentro de mim mesma, sozinha
Das pequenas coisas de antigamente me resta a adrenalina
Mas envelheci um século, me sinto velha de todas as formas
Ouço músicas estranhas, vejo coisas que eu não via
Não choro mais
Ontem, antes de chover, olhei o céu e percebi o quão imenso e sozinho ele é
Por que apesar de ter as nuvens, lua, estrelas e sol
eles nunca permanecem lá, sempre se vão sem avisar
A vida é assim
Hoje choveu. Não foi rápido porque nunca parou.
Hoje choveu dentro de mim, sempre chove.

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